Em uma manobra decisiva para combater a crescente epidemia de dengue, o Ministério da Saúde do Brasil anunciou uma redistribuição criteriosa das doses de vacina contra a dengue. A medida afeta 521 municípios que receberam as vacinas mas ainda não as utilizaram. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, declarou que a prioridade será para aqueles municípios que estão em estado de emergência devido ao surto da doença.

A estratégia envolve um “rankeamento” cuidadoso dos municípios baseado na urgência e necessidade, refletindo a gravidade da situação. A ministra enfatizou que, embora a vacina seja um recurso valioso a médio e longo prazo, ela não representa uma solução imediata para a epidemia atual, especialmente considerando que a vacina requer duas doses com um intervalo de três meses.

Negociações em Andamento para Produção Nacional da Vacina Qdenga

Além disso, o Ministério está em negociações avançadas com a Takeda, fabricante da vacina Qdenga, para iniciar a produção doméstica no Brasil. O plano é utilizar as instalações da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), já responsável pela produção da vacina contra febre amarela. A ministra ressaltou que o processo está em andamento e que anúncios formais serão feitos somente quando houver certeza dos dados e cronograma.

Acompanhamento do Desenvolvimento da Vacina do Butantan

O ministério também está monitorando os progressos da vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan. Nísia Trindade expressou apoio contínuo ao instituto, que já apresentou resultados promissores na fase 3 dos ensaios clínicos. A responsabilidade de submeter a documentação para aprovação da Anvisa recai sobre o Instituto Butantan, mas o ministério está disposto a colaborar para acelerar o processo, dada a importância da vacina no combate à dengue.

Essas ações refletem o compromisso do governo brasileiro em responder de forma ágil e eficaz à crise de saúde pública, utilizando todos os recursos disponíveis para proteger sua população.